Petrolão/Bolsolão – Vai ficando tudo parecido!

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Com a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, da Educação, cai por terra a retórica anticorrupção do presidente Bolsonaro que estaria pronta para ser explorada na campanha frente a Lula e o PT, carimbados na testa pelo símbolo da roubalheira. Nunca houve tantos escândalos no Brasil quanto na era PT, mas o governo Bolsonarista se aproxima disto.

A lamentável tolerância do eleitorado brasileiro com a corrupção em qualquer governo fica menor quando uma autoridade ligada a ele é presa em momento de crise econômica, como é o caso agora, turbinando, assim, o desgaste do presidente, cuja popularidade já vem sendo afetada pelo preço dos combustíveis e pela inflação.


O esforço de contenção de danos de Jair Bolsonaro diante da prisão preventiva do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro começou, então, com a exploração dos mesmos métodos usados pelo PT quando petistas eram presos: o de vangloriar-se das supostas iniciativas do governo em prol de investigações e da suposta independência da Polícia Federal, duas alegações diversionistas que insultam a inteligência alheia.

Na verdade, o escândalo do “Bolsolão do MEC” foi revelado graças ao trabalho investigativo de repórteres do Estadão, não da CGU (Controladoria-Geral da União), como tentou alegar Bolsonaro. A ordem de prisão, aliás, veio do juiz Renato Borelli depois da imensa repercussão negativa que pressionou a PF a correr atrás da imprensa, inclusive em razão dos detalhes sórdidos que misturam exploração da fé e propina com Educação.

As mais de vinte trocas de delegados que atingiram interesses bolsonaristas não se apagam com um caso sensível que, até o momento, ninguém conseguiu abafar. Desgasta ainda mais Bolsonaro o fato de ter dito, em 22 de março, que colocaria a “cara no fogo” por Ribeiro, narrativa que se apressou em alterar após a prisão, dizendo “que ele responda pelos atos dele”. O episódio apenas confirma que ninguém queima Bolsonaro como ele próprio.

O escândalo – O Estadão revelou em março que, sem possuir vínculos com o setor de ensino ou cargo público, um grupo de pastores passou a comandar a agenda do ministro da Educação, formando uma espécie de “gabinete paralelo” que interferia na liberação de recursos e influenciava diretamente as ações da pasta. O grupo era capitaneado pelos pastores Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, e Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da entidade. A dupla agia como lobistas, atuando para liberar e/ou acelerar o empenho de recursos a determinados municípios.

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